domingo, 14 de setembro de 2014

A história de Shamir e Abdul

A história de Shamir e Abdul

São inacreditáveis os níveis que atingem o ódio e a inveja no coração dos homens...








São inacreditáveis os níveis que atingem o ódio e a inveja no coração dos homens, os quais desprezam o maior tesouro existente no mundo: o amor de Deus.
No deserto do Kazaquistão, dois homens, Shamir e Abdul, caminhavam lado a lado, à procura de um oásis. Os dois haviam sido ricos negociantes e, por terem seus ba­zares um defronte para o outro, tornaram-se ter­ríveis rivais, mesmo sendo primos. No desejo de ganhar dinheiro, os dois faziam qualquer negócio: falsificavam mercadorias; exorbitavam nos preços; en­ganavam no troco e sonegavam impostos, além de roubarem dos empregados.
Era tanta a inveja entre os dois que am­bos enviaram uma carta aos fiscais do rei, de­nunciando as irregularidade do outro. Am­bos vieram a ser condenados e, por ironia do destino, antes que fossem parar na cadeia, fu­giram e se encontraram na aridez do deserto.
A cada passo que davam, discutiam, se acusavam, lembravam da riqueza que ha­viam deixado para trás e então paravam. La­mentavam-se e reconheciam a estupidez do que haviam feito. Punham-se a andar nova­mente e, mais à frente, lá estavam a se agredir outra vez.
Já tendo perdido tudo na vida, com exceção dos maus sentimentos, choraram em alta voz e clamaram a Deus por socorro. Então um anjo lhes apareceu e disse: “Shamir e Abdul, vim para salvá-los. Pedi-me o que quereis, e vos será concedido!”
Ao ouvirem isso, os dois explodiram de alegria, imaginando palácios, servos e servas, reinos, fortunas, comércios e, principalmente, como escaparem daquele deserto sem fim.
“Vocês destruíram a si próprios. Agora, dou-lhes a chance de re­cupe­rarem vossas vidas. Terão, porém, de aprender o segundo mandamento da Lei de Deus: o amor ao próximo! Um de vocês pedirá o que de melhor existe no mundo, que concederei; ao outro, porém, darei em dobro, para que o desejo de um venha a abençoar ainda mais o outro”, explicou o anjo.
Assim, começou a briga outra vez, muito pior que antes! Em segundos, estavam a rolar pelo chão, um tentando forçar o outro a fazer o pedido. “Pede, seu miserável! Pede ou te arrebento de pancada!”, gritava um. “Nunca! Você é que vai pedir, nem que eu tenha que te matar, seu desgraçado”, respondia o outro.
Shamir, o mais forte, prevalecendo na luta, apertou o pescoço do outro que, então, gritou o seguinte pedido: “Peço que me seja concedido o desejo de ficar cego de um olho!”
Imediatamente se ouviu o grito desesperado de Shamir: “Abdul, seu mal­dito! Onde é que estás, desgraçado, que não te vejo mais?”
O amor ao dinheiro é mesmo a raiz de todos os males, conforme diz a Bíblia Sa­grada, e a inveja que isso causa não tem li­mites. Parece que àquele que ama o di­nhei­ro não basta apenas ser rico, sendo neces­sário também que os outros sejam pobres. A derrota dos outros lhe traz mais alegria que a sua própria vitória.
É quando nos alegramos e oramos pela vitória não dos que nos amam, mas dos que nos odeiam, que somos filhos do Altíssimo. Ele, por amor à hu­manidade, que O desprezou, deu ainda assim Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3.16). Deus ama e, por isso, dá o que tem de melhor: Seu Filho! O diabo odeia e, porque odeia, rouba!




Aos finais de semana, a rotina de muitas mães é a mesma; visitar o filho internado na Fundação Casa. Certamente, não foi o que elas planejaram para o futuro deles, mas muitas vezes, estar ali é o sinal de uma nova chance. Quantas mães, que perderam os filhos para o tráfico e a criminalidade, queriam ter a oportunidade de poder vê-los com vida, mesmo sendo atrás das grades.

Para alguns, a visita é um ponto de contato com o mundo lá fora, distante dos muros da construção antiga da Fundação. Para outros, revê-los é aumentar a dor da ferida que continua aberta. E isso é visto em cada olhar, no coração apertado de uma mãe que não sabe quando vai poder cobrir o filho novamente na cama quentinha... Esse foi o desabafo de uma mãe que prefere não se identificar; “Eu peço para não fecharem o portão, porque ele ainda não chegou ... aí, eu lembro que ele não tá mais com a gente”. Outra mãe não esconde a dor em dizer que os cuidados que oferecia ao filho na infância eram bem diferentes dos que ele recebe hoje internado – “tava com febre dava um remedinho, quando se machucava, ganhava um beijo e tudo passava ... E agora, quem cuida dele?”
Na maioria dos casos, essas mães não têm culpa de ter os filhos internados. Eles, influenciados por outras pessoas, trilharam o caminho sombrio do crime, mas são elas que pagam o preço, diga-se de passagem, alto demais.
Na longa fila de mães, uma gestante que concorda com a revista policial –procedimento feito aos visitantes para constatar se não trazem objetos proibidos aos presos - mas se sente humilhada ao ser expor com outras mães.
Para uma parte da sociedade, esses menores infratores não têm mais jeito.




E é na contramão que o grupo de Evangelização da Igreja Universal do Reino de Deus aposta na recuperação desses adolescentes. Os voluntários abrem mão do descanso do final de semana para confortar essas famílias. “Passeio” esse que não tem preço e já faz parte da rotina.

No último sábado, além de oferecer roupas e calçados às famílias, o grupo distribuiu marmitex com feijoada na saída das visitas. Motivo de grande alegria, já que o almoço é incerto em algumas dessas casas. Para o pastor Geraldo Vilhena, responsável pelo trabalho de Evangelização na Fundação Casa de São Paulo e os voluntários da IURD, nada mais gratificante do que estar na própria folga ajudando esses lares que não sabem o que é ter paz há muito tempo.



















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