terça-feira, 1 de dezembro de 2020

A TRAJETÓRIA DE UM EX-VICIADO RUMO AO ENCONTRO DE DEUS



A TRAJETÓRIA DE UM EX-VICIADO RUMO AO ENCONTRO DE DEUS




RENATO MADURO


A TRAJETÓRIA DE UM EX-VICIADO RUMO AO ENCONTRO DE DEUS

O que lava uma pessoa a optar pelo caminho das drogas: curiosidade, fuga da realidade, influência dos amigos, problemas familiares ou busca do prazer? Está certo quem pensou em todos esses fatores, mas no caso de Renato Maduro o preponderante foi a curiosidade, que acabou por deixar em sua vida um vazio tão grande, ao se viciar, que somente depois de 12 anos é que ele conseguiu reintegrar-se à sociedade,graças à fé que depositou nas palavras de Jesus Cristo.Hoje,pastor da Igreja Universal do Reino de Deus,Renato ajuda a libertar drogados,desajustados e doentes com a mesma fé e a mesma emoção que o conduziram à presença de Deus

O ano era 1968-época de agitação política no Brasil e no mundo,com manifestações antigovernamentais do movimentos estudantis e de contestação social do hippies-paz e amor,nas drogas e na música.A história é talvez semelhante a centenas de outras,em qualquer lugar:um garoto de 13 anos fuma o seu primeiro cigarro de maconha.A partir daí começa na vida de Renato de Abreu Maduro um escalada que vai da maconha à cocaína,passando por anfetaminas, álcool,barbitúricos,soníferos,mescalina,cogumelo e LSD,só terminando 12 anos depois.”O usuário da maconha começa com um despercebido trago entre os colegas de ajuntamento.Depois,ele sente um necessidade maior e daí não fica apenas no uso, mas ingressa totalmente na marginalidade – desprezo pelo trabalho – no roubo e no crime para satisfazer o seu vício.Sua vida passa a ser um inferno...”- diria ele em seu livro-depoimento A Dose Mais forte, editado pela 7 vez em 1990.A curiosidade custou caro para ele,um menino dividido entre suas atividades de garoto de rua no subúrbio de Vista Alegre,soltando pipas,jogando bola,andando de bicicleta;aquelas relacionadas ao convívio familiar,na praia,nos passeios e clubes-Quitandinha,Nevada Praia Clube e Vasco da Gama- e o envolvimento com grupos marginais da região,que consumiam droga.Apesar do caminhos e das regalias de uma família de classe média,os pais só souberam quatro anos mais tarde que o filho era viciado e acusado de tráfico pela policia.Uma trajetória na marginalidade que trouxe conseqüências amargas: perda de uma juventude sadia,afastamento do convívio familiar ,morte da mãe e desagregação da família,que levaram Renato cada vez mais ao fundo do abismo,com o uso das drogas.

O caminho da salvação
A reviravolta na vida de Renato iniciou-se com um encontro casual na Livraria Batista, em Madureira, onde fora, acompanhado do pai, comprar livros escolares. Lá conheceu Tânia, que iria acompanhá-lo durante 5 anos nos piores momentos,tentando livrá-lo das drogas,e também nos melhores,tempos depois,quando lhe deu três filhos,após se unirem em matrimônio naquela que foi a primeira cerimônia oficiada pela Igreja Universal do Reino de Deus .Um dia ,drogado em excesso,Renato procurou a ajuda da família de Silvio,um ex-viciado que se recuperou através da Igreja evangélica.Antes de prestar-lhe assistência com comida e medicamento,Silvio e a mãe oraram em seu favor.Em seguida,providenciaram sua internação na Clínica Solar da Pedras,em Petrópolis.Durante as visitas que fazia ao namorado,Tânia começou a falar de Jesus para Renato e propôs a ele que fosse conhecer um pastor que expulsava espíritos malignos na igreja da Benção ,na Abolição .Tânia convenceu-o a ir lá,e a experiência que passaram na igreja Renato descreve:
-O Bispo Macedo disse que o meu problema era espiritual e que ia fazer uma oração. Pediu-me que desse a mão a Tânia e colocou as mãos sobre nós .Lembro-me de que foi uma oração bem simples:”Senhor Jesus,eu peço que o teu poder envolva esse rapaz e o mal que estiver nesse corpo saia daí agora!De repente,a Tânia de um grito e caiu no chão .Eu abri os olhos e vi que manifestou nela um espírito que virou seus olhos,entortou seus dedos e enrijeceu seu corpo.Fiquei assustado,mas pensei que fosse uma cena armada.Quando o pastor falou que aquele espírito estava no meu corpo e vi minha namorada desfigurada,acreditei.Ao ser expulso aquele espírito maligno do corpo dela,senti imediato alívio no meu corpo.O pastor então me perguntou se me sentia bem e disse que eu tinha de ir à igreja participar da reuniões de oração ,para um processo de libertação.

A vocação evangélica
A oração trouxe a tranqüilidade de volta à vida de Renato, que aos poucos reintegrou-se à sociedade,estudando e trabalhando novamente, Na igreja ,Renato encantou-se com a linguagem dos pastores ao falar de Jesus ,e isso acelerou a sua conversão.”Não queria mais sair da igreja”-diz ele-“dormia no escritório do pastor e fui chamado por ele para dar o meu testemunho no programa da Rádio Metropolitana,onde descobri minha vocação porque não saia do meu coração o desejo de falar de Jesus. “Sempre com o apoio do Bispo Macedo,Renato recebeu o batismo com o Espírito Santo e foi aprendendo a difundir o Evangelho,atender as pessoas e fazer orações pelos necessitados . O passo seguinte foi freqüentar o instituto Bíblico Pentecostal para um curso de Teologia,que durou apenas um ano,pois ele sentiu que na hora de atender as pessoas não usava aquela linguagem,mas outra própria de um jovem:”Dava meu testemunho de ex-viciado e fui sentindo que tinha vocação para o apostolado,que era isso que eu queria na minha vida.Tornei-me evangelista da igreja :a partir daí,meu crescimento foi rápido.”

A missão pastoral nos Estados
Como era desejo do Bispo Macedo, Renato dirigiu-se a Juiz de Fora (MG)
Para fundar uma igreja, numa boate chamada Girafão, onde as segundas e terças à noite o evangelista Renato fazia palestras sobre drogas, pregava e falava sobre Jesus.Naquela cidade,Renato passou sua lua –de –mel e foi consagrado pastor pelo presbitério da Igreja.De Minas Gerais ,partiu para Curitiba (PR),onde fundou novo templo e recebeu a dádiva do primeiro filho ,Israel.”No Paraná fiquei muito conhecido ,pois tinha um programa de rádio de 7 h às 8h,ia para Rede Bandeirantes participar de um programa de auditório,dando palestras,orando ,e ainda tinha a igreja. “O pastor Renato cumpriu um circuito pelo Brasil,fundando templos e consolidando a fé na igreja:Recife,Bahia,Ceará,São Paulo.atualmente ele é pastor regional do Rio,responsável por 11 igrejas na Zona Sul, e seu trabalho compreende, além das reuniões diárias nos cultos e a assistência ao povo,a coordenação das igrejas e a produção das igrejas e a produção de um programa evangélico na Rádio Copacabana,às 18h.O programa Bom-Dia.Amigos será lançado brevemente na Rede Bandeirante e Renato prepara-se para esse mais novo empreendimento da Igreja Universal,agora na televisão,Diante de tantas atividades na igreja ,ele ainda encontra tempo para dedicar-se à família,entre passeios,praias ,brincadeiras com as crianças .Sobre a esposa Tânia ,Renato fala “de uma pessoa adorável,carinhosa,de quem sinto falta quando não está perto de mim .Continua sendo a boneca que conheci um dia na Livraria Batista. “Quando pensa na educação do filhos,o pai Renato revela uma preocupação que vem com a experiência que teve como filho:participar da vida deles,ser amigo ,sem esquecer da orientação,da disciplina.”Eles(os filhos ) vêem o o pai fazendo o bem,recuperando o viciado,mas também vêem aquele pai garotão ,que pega a prancha e vai para a praia com eles,joga bola,bota o tênis e a bermuda. “Toda essa prática,aliada à formação evangélica ,não deixará o vazio tomar conta de suas vidas,como aconteceu um dia com ele próprio – garante Renato.




















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